6 de abril de 2008

Editorial

"Entre o digo e faço há um grande espaço"

Com as sábias palavras de Sancho Pança, personagem de Miguel de Cervantes da obra Dom Quixote, começo mais um texto com meus pensamentos sobre a Administração de Praia Grande.

Esse ano eu reclamei muito dos buracos largados em nossa cidade pela SABESP - reclamações que não foram só aqui no Blog, mas na imprensa falada e escrita. Reclamei mesmo! O resultado é que a SABESP vem fechando os buracos de sua esfera de competência a contento. Em frente de casa, aqui na Tupi, estourou um cano e a SABESP veio em dois dias. Quebrou a rua, fez um buraco, consertou o vazamento e largou o buraco aberto. Resolvi não reclamar. Marquei o dia que largaram o buraco aberto e esperei. Em dois dias veio a equipe da SABESP e fechou o buraco e fizeram um bom serviço, inclusive veio com um aparelho para socar a terra a fim da pista ficar sem saliência. Serviço perfeito.

Por outro lado, a Prefeitura não vem fazendo o mesmo. Buracos que documentei estão abertos há mais de 4 meses. Reclamei, xinguei, caí num deles, e ainda estão em sua maioria abertos. Por que digo Prefeitura e não a SABESP? Porque são buracos evidentemente da alçada da Prefeitura. Vejam alguns exemplos:


Primeira foto a esquerda: Bairro Vila Tupi, Rua Xavantes.
Segunda à direita: Bairro Ocian, Avenida Dom Pedro II.


Primeira foto a esquerda: Ocian, Rua José de Alencar.
Segunda à direita: Bairro Vila Antártica, Viaduto Eloy P. de Barros.

Poderia citar centenas de casos e vou citá-los sim! Estou registrando, catalogando, fotografando e vou ao Ministério Público. Não é possível que se tenha dinheiro para se construir sambódromos, cartódromos, piscinas cobertas, centros esportivos, cabeças de ferro, só para sair na imprensa para ganhar destaque estadual e nacional, enquanto o povo aqui não tem calçada, rua, jardim, ciclovia, praia, enfim, que não têm tudo isso conservado, limpo, consertado, podado ou corrigido.

Dois problemas observo nas principais comunidades no Orkut sobre Praia Grande: a dengue e o Aeroporto.

Posso falar pela Vila Tupi onde moro. Há muito tempo, anos, que não passa o pessoal do combate ao mosquito da dengue. Antes, quando a epidemia chegou a Praia Grande, havia carros soltando inseticida "fumacê" para todo lado. É aquela velha história da má administração pública do Brasil: é preciso acontecer para depois resolver. Não existem medidas preventivas.

Quanto ao Aeroporto, uma pesquisa em comunidade com mais de 50.000 usuários de Praia Grande, sobre o desejo de ter um aeroporto aqui, mais de 90% das pessoas foram contra. Seria prudente que o Ministro da Defesa Nelson Jobim interceda junta à ANAC para que se imponha como condição de se construir um aeroporto aqui em Praia Grande um plebiscito (sem contar que outras cidades serão afetadas pelo aeroporto como São Vicente e Mongaguá). Embora muita gente queira ganhar dinheiro, construtoras querendo construir esse aeroporto, precisamos ter certeza que não teremos um novo bairro de Congonhas querendo se livrar do seu aeroporto no futuro.

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