28 de setembro de 2008

Sadismo para com os deficientes físicos


Este suposto estacionamento para deficientes físicos está localizado bem na divisa da Vila Tupi com a Cidade Ocian, bem na frente do número 6.802 da Castelo Branco. De estacionamento para deficiente não tem nada como você vai perceber.


Tente se colocar na posição de um deficiente físico. Imagine você, um deficiente físico, talvez um cadeirante, chegando de carro em Praia Grande. Andando pela Castelo Branco, encontra um lugar para parar seu carro pois o aviso diz que é um estacionamento para deficientes. Então você estaciona ali, desce com sua cadeira e fecha a porta do carro. Você olha para a esquerda, para a direita, para a trás e não encontra um lugar por onde possa acessar o calçadão e adentrar à praia. Mas você é percistente, acredita que o governo não erra (muito). Alguém deve ter deixado um lugar para você, deficiente, chegar à praia. Então você vai empurrando o pneu da sua cadeira e chega à avenida. Entre ônibus, caminhões, carros e motocicletas você olha e nada encontra de acesso. "Uma rampinha só já estaria de bom tamanho", você pensa. Você volta para seu carro e não sabe se entra no carro ou se pede uma ajuda. Você que pensou que o governo trabalha em prol do povo começa a se lamentar de ter parado numa cidade tão inóspita, tão gozadora daqueles que necessitam de cuidados especiais. Algumas pessoas que passam percebem que você está lá aflito e oferecem uma ajudinha. Duas moças e dois rapazes, cada um pega um lado da cadeira e o levanta até chegar a ciclovia e você pede para que o deixe lá que dali você se encarrega... Mas engano seu.


Depois do calvário para chegar à ciclovia, você não vai encontrar nenhuma rampa para chegar ao calçadão. Sabendo que esse é um problema menor, você sabe como ninguém a se equilibrar. Então levanta as duas rodas da frente da sua cadeira, e com impulso tenta subir com as outras duas de trás. Só que não dá certo e você cai de costas. Mais uma vez você naquela de condição de meio ser-humano é ajudado por populares e a sua idéia de independência do deficiente em uma cidade racional é desfeita e o pensamento da realidade de que você é apenas um peso para as autoridades vem à tona (embora você pague o mesmo imposto ou mais do que os outros).

Praia Grande é isso. É o fazer sem pensar. O fazer sem querer fazer porque só faz porque a lei obriga. Enquanto se gasta com obras desnecessárias, o necessário é jogado para segundo plano - para ser feito se sobrar algum dinheiro. O povo que caminha todos os dias por essa cidade, é maltratado, absurdamente maltratado diga-se de passagem (de desnível, claro).

16 de setembro de 2008

Esperando o Ônibus na Lama


Nossa leitora Ana Beatriz está indignada com o descaso das autoridades municipais. Na Vila Caiçara, onde os pobres mortais pegam ônibus, vulgo ponto-de-ônibus, está limitado a uma placa no poste, barro nos pés, e claro, um lixão bem na frente de onde seria o Parque da Mônica, hoje mais conhecido como Ratolândia.

As fotos que a cidadã me encaminhou são bem interessantes e mostram a seqüência de como ocorreu o fato. Primeiro percebe-se um buraco no barro (chão batido quando está seco). Veja a foto acima.


Se as autoridades procurassem mais um pouco viriam que o ponto-de-ônibus "saiu andando" e agora está largado não mais que 4 metros da distância do seu buraco.


Na foto acima temos o cenário completo. O buraco no primeiro plano. Lá embaixo há a placa que colocaram no poste para indicar que ali é pára ônibus e serve de estacionamento de carros.

Reparem contribuintes! Isso que estou mostrando não é a exceção mas sim a regra como provo para vocês neste Blog. Pensem comigo. O aluguel do material de construções é de R$ 50.000,00/mês. Quantos abrigos para os cidadãos de Praia Grande poderiam haver com essa grana toda? Quantos buracos fechados? Quantas calçadas? Quantos playgrounds poderiam ter brinquedos para as crianças? Vejam que coisa ruim isso: vamos pegar esse dinheiro gasto num mês e multiplicá-lo por 12 para se saber quando gasta-se por ano: R$ 50.000,00 x 12 meses é igual a R$ 600.000,00 (mais de meio milhão). Vamos ver isso em dez anos: R$ 600.000,00 x 10 anos é igual a R$ 6.000.000,00. Vergonhoso não é? Seria mais barato desapropriar aquele imóvel abandonado. Olha o que estão fazendo com o nosso dinheiro: estão tirando dos nossos bolsos (pois pagamos impostos, IPTU, ISS, por exemplo) e o dinheiro vai para a "realeza" do donos do Palácio das Artes que não é nosso, não é da Prefeitura, mas é de um particular que estava contando o dinheiro enquanto os trouxas participavam da sua inauguração.

Agora, abaixo, o lixão "patente da PG" no local. Pois é leitores! Construir palácios, mercado do peixe, cartódromo, etc., o nosso construtor que tem uma construtora é bom, mas fazer o serviço de prefeito é que deixa a desejar. Por isso que sou contra empresários na política. Eles não conseguem separar as coisas. É um pé na empresa e outro na política. Não dando focar o interesse do povo, eles dividem com suas empresas suas atenções e o que temos é isso aí que todos podem ver.


2 de setembro de 2008

Ciclovia da Via Expresso Sul (Mal Feita)

Há um bom tempo eu queria falar sobre isso mas não me sobrava tempo para tirar essas fotos que estava querendo. Aproveitando a minha ida ao "Palácio das Artes", documentei um problema de concepção da ciclovia (na verdade não é um, são muitos como já noticiei aqui). Quando o cidadão que vem pela ciclovia da Expresso Sul e chega nesse ponto do Tude Bastos, ele dá de frente para a Av. Ayrton Senna. Nesse local, nesse fim-da-linha para o ciclista, não tem semáforo, não tem faixa de segurança, não tem passarela, só tem a morte lhe esperando. O pior é que essa ciclovia é usada por muita gente, principalmente trabalhadores e clientes dos estabelecimentos nesta avenida. É uma coisa incrível, medonha, tétrica, quando se vê mães carregando filhos naquelas bicicletas com cadeirinhas tentando atravessar no meio de caminhões, ônibus, carros. Para mim essa ciclovia, como tudo que se faz em Praia Grande, é para alavancar a imagem pessoal de alguns, mas as obras não têm a funcionalidade que deveriam ter (minha opinião). Em se tratando da ciclovia, no caso dessa da Expresso Sul, os acessos à essa ciclovia não existem a menos que você pedale no meio da rua até chegar a uma ponte de acesso que a Expresso Sul tem e então fazer o acesso. Se você vem de uma rua que fica no meio da ciclovia, ou você sobe na guia ou você tem que fazer o que disse acima. Quando a mídia fala quem tem ciclovia em Praia Grande, o leitor não tem a informação correta pois toda a ciclovia não foi projetada corretamente (minha opinião). Depois, de construída, depois de ter saído na imprensa, nada mais se faz para conservar o que existe. Como já mostrei aqui e como venho mostrando, a cara-de-pau não tem limites e querem que todos se danem! Muito do que mostrei há quase um ano atrás está do mesmo jeito.